Evite culpar os outros pelas suas escolhas

Meditemos hoje, meus irmãos, em 2Reis 3.10: “Então o rei de Israel disse: Ah! O Senhor chamou estes três reis para entregá-los nas mãos dos moabitas”. O rei de Israel referido no versículo, é Jorão, filho de Acabe. A Bíblia o descreve assim: “Ele fez o que era mau diante do Senhor, mas não como seu pai, nem como sua mãe, pois tirou a coluna de Baal que seu pai havia feito. Mas seguiu os pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com que este havia feito Israel pecar, e não se afastou deles” (2Reis 3:2-3). O fato é que, depois que Acabe morreu, os moabitas se rebelaram contra o domínio de Israel e, diante disso, Jorão resolveu guerrear contra Moabe, para reaver o seu domínio. Para isto ele convidou Josafá, rei de Judá e o rei de Edom para o ajudarem naquela guerra(1Rs 3.7-9). Como foi uma operação grande e apressada, eles se descuidaram da logística e, quando os três exércitos chegaram ao deserto, não tinham como iniciarem aquela guerra com sucesso, pois o planejamento tinha sido falho. Diante disso, o ímpio rei de Israel, em vez de assumir o seu erro, jogou a culpa da sua precipitação ao Senhor: “Então o rei de Israel disse: Ah! O Senhor chamou estes três reis para entregá-los nas mãos dos moabitas”.
Tudo o que recebemos de Deus, se deve à sua compaixão

Meus irmãos, hoje voltaremos nossa atenção para Neemias 9.20: “Também lhes deste o teu bom Espírito para instruí-los. Não retiraste da boca do povo o teu maná, e quando tiveram sede lhes deste água”. Este versículo é parte da oração que os sacerdotes e levitas fizeram, quando o povo de Israel que voltou do cativeiro babilônico reuniu-se em Jerusalém para jejuar, orar, confessar seus pecados e buscar a face do Senhor. Nessa ocasião, os israelitas declararam que tudo o que Deus lhes concedera, foi exclusivamente por Sua compaixão: “Mesmo quando fundiram para si um ídolo em forma de bezerro e disseram: Este é o teu Deus, que te tirou do Egito, e, quando cometeram grandes blasfêmias, tu não os abandonaste no deserto por causa da tua grande compaixão. De dia, a coluna de nuvem não deixou de guiá-los pelo caminho, nem, de noite, a coluna de fogo deixou de iluminar o caminho em que deveriam andar” (Neemias 9:18-19). Os israelitas tinham consciência de que as promessas e alianças de Deus com o Seu povo, são irretratáveis: “porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” (Romanos 11:29).
Tudo recebemos, nada é nosso: A lição da humildade

Meus irmãos, meditemos hoje em 1Coríntios 4.7: “Porque quem te diferença? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias como se não o houveras recebido?” Esse versículo vem nos lembrar da nossa total dependência de Deus: “tudo o que temos e somos, recebemos de Suas mãos”. Isso nos lembra também que nunca seremos autossuficientes em nada. Tudo o que foi dito nesse versículo tem como objetivo nos encaminhar na direção da humildade e, humildade, não é outra coisa senão a consciência de que tudo nos é dado por pela graça de Deus em Cristo, e recebido unicamente pela fé. Quando tomamos total consciência de que dependemos de Deus em tudo, a nossa ansiedade se desfaz e a alegria da Sua glória inunda nosso ser, enchendo nossos corações de confiança n’Aquele que cuida de cada um nós com todo amor e responsabilidade: “O Senhor é quem vai à tua frente. Ele estará contigo, não te deixará nem te desamparará. Não temas nem te espantes” (Deuteronômio 31:8).
O Evangelho une pessoas dos mais diferentes estamentos sociais e os torna todos irmãos

Meus irmãos, hoje nos concentraremos em 1Coríntios 7.20,21: “Cada um permaneça na condição em que foi chamado. Foste chamado sendo escravo? Não te preocupes com isso. Mas, se ainda podes conseguir tua liberdade, aproveita a oportunidade”. Uma das belezas do Evangelho é que ele, desde o início, foi dirigido a senhores e escravos, patrícios e plebeus, ricos e pobres, governantes e governados, igualitariamente. O Evangelho une pessoas dos mais diferentes estamentos sociais e os torna todos irmãos e membros do Corpo único do nosso Senhor Jesus Cristo, a Sua Igreja amada. No seio da Igreja tem o “senador José de Arimateia”, o “príncipe de judeus Nicodemos”, e os pescadores Pedro, André, João e Tiago, o auditor fiscal Mateus, o rico Filemom e o escravo Onésimo, todos irmanados pelo sangue de Jesus Cristo. Na nossa Igreja local temos comandantes militares, empresários, empregados, desempregados, professores, advogados, engenheiros, aposentados, etc., porém todos irmãos queridos, amados, respeitados e necessários nos nossos ajustamentos solenes de adoração ao nosso único Senhor e Deus.
O poder transformador da repetição na busca pela presença de Deus

O texto que consideraremos hoje, meus irmãos, está em Atos 13.42: “Quando iam saindo, rogavam-lhes que lhes repetissem essas palavras no sábado seguinte”. Essa foi a reação das pessoas que ouviram a exposição do primeiro sermão de Paulo, acontecido na sinagoga de Antioquia da Pisídia, depois que ele e Barnabé foram “enviados pelo Espírito” para a obra de evangelização de todos os povos. Eu lembro quando ainda criança, ouvi meu pai pregando um sermão sobre a libertação de Israel do Egito. Eu fiquei tão tocado por aquela mensagem que pedi para ele pregá-la de novo no próximo domingo. O hino 50 do nosso Cantor Cristão traz essa mesma ideia: “Contai-me a velha história do grande Salvador”. O Evangelho é a repetição da história do nosso grande Salvador. A Ceia do Senhor é a repetição da história do sacrifício de Cristo e da esperança dos crentes de comemorarem a redenção nos céus, com a ministração do próprio Redentor. A repetição é a melhor forma de aprendizado, por isso a Bíblia insiste tanto em mostrar sua necessidade.
Nosso Deus é maior, melhor, mais forte e poderoso para nos defender

Meus irmãos, hoje nos concentraremos em 1Crônicas 5.20: “Foram ajudados contra os hagarenos, os quais foram entregues em suas mãos com todos que estavam com eles, porque clamaram a Deus em plena batalha, e ele os atendeu, porque confiaram nele”. Este versículo é parte da história da conquista da terra de Canaã pelos israelitas. As tribos de Rúben, Gade e metade da tribo de Manassés precisavam conquistar os territórios que Deus lhes dera, mas os locais eram habitados por povos fortes, guerreiros e aliançados com outras nações, o que os tornavam ainda mais fortes e preparados para se defenderem. Mas não havia como os israelitas fugirem do conflito. Ou eles enfrentavam aqueles povos, ou eles os destruíam. As duas tribos e meia tinham que enfrentar aquela situação muito perigosa para eles e suas famílias; era momento de decisão para continuarem vivos, ou se perderem para sempre. Você já esteve diante de alguma situação dramática em sua vida? Momento de decisão e escolha? Pois bem, era a situação daquelas tribos de Israel naquele momento. É importante observar que eles não tinham margem de erro. Era vencer, ou vencer.
Os mandamentos são mais desejáveis que o ouro
Meditemos hoje, meus irmãos, em Marcos 12.24: “Jesus respondeu: “O erro de vocês está em não conhecerem as Escrituras nem o poder de Deus”. Jesus falou isso ao responder uma pergunta dos saduceus sobre a ressurreição dos mortos. Havia três classes religiosas/políticas principais em Israel nos dias de Jesus: os fariseus, que defendiam e policiciavam vigorosamente a prática das leis e das tradições judaicas; os escribas, muito próximos do fariseus, cujo trabalho principal era copiar as Escrituras do Antigo Testamento e as tradições judaicas, e ensiná-las ao povo; e os saduceus, a classe culta, intelectualizada, helenizada, sacerdotal e dominante em Israel. Segundo eles, o nome ” saduceu” derivava do nome do sacerdote Zadoque (em grego se escrevia Sadouk) que, diziam eles, era o fundador daquele movimento. Eles, ao contrário dos fariseus e escribas, não criam em vários ensinos do Antigo Testamento: “pois os saduceus afirmam não haver ressurreição, nem anjos, nem espíritos, mas os fariseus creem em todas essas coisas” (Atos 23:8). Imaginem que a classe sacerdotal de Israel, encarregada de ensinar a Palavra de Deus ao povo, não cria nas “Escrituras e nem no poder de Deus”. Que ensino espiritual eles poderiam passar àquele povo?