Uma vida dedicada a Cristo traz muita bênção às pessoas com as quais temos contato

Todos nós temos um acervo de lembranças muito grande, principalmente de fatos que nos marcaram. Trazemos na memória muitas lembranças, inclusive da infância: das escolas onde estudamos desde crianças, até quando nos formamos, das reuniões de família, das viagens, das cidades onde moramos, etc. Mas, algo bastante marcante para quem foi criado na fé cristã desde a infância, são as recordações da Igreja: das peças infantis que participamos, dos “corinhos” infantis que aprendemos, do nosso batismo e de tantos momentos bons momentos que vivemos no ambiente eclesiástico. Porém, algo que marca muito as nossas lembranças, são certos irmãos e irmãs que nos abençoaram em momentos pontuais pelos quais passamos. O apóstolo Paulo, em muitas de suas epístolas cita esses momentos felizes: “Diante de nosso Deus e Pai, lembramo-nos constantemente da vossa fé atuante, do vosso amor prestativo e da vossa esperança bem firmada em nosso Senhor Jesus Cristo” (1Tessalonicenses 1:3). Um homem experimentado na vida, vítima de tantas perseguições e aflições, era tocado pela ternura das lembranças de queridos irmãos que lhe faziam sorrir e se regozijar com as marcas que a memória da vida abnegada deles imprimiu na sua mente, pelos quais ele louva a Deus.

Nada pode ofuscar o brilho glorioso da Igreja

Hoje atentaremos para as palavras de Jesus registradas em João 15.18,19: “Se o mundo vos odeia, sabei que primeiramente odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu. Mas o mundo vos odeia porque não sois do mundo; pelo contrário, eu vos escolhi do mundo”. A aversão do mundo pelos crentes está no fato de que os crentes “não são do mundo” porque Cristo os “escolheu do mundo”, mas não escolheu o mundo. Fica latente nas entrelinhas uma espécie de inveja do mundo em relação aos crentes. Então, antes de odiar os discípulos de Jesus, o mundo odiou o próprio Jesus. Tanto as perseguições físicas, como o desprezo do mundo pelos crentes, são também uma evidência da nossa eleição por Deus: “o mundo vos odeia porque eu vos escolhi do mundo”. Também, enquanto os crentes estão firmados em Cristo, o mundo está no maligno: “Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno” (1João 5:19).

Saber que o nosso Deus é soberano deveria acalmar os nossos corações, tirar as nossas inquietudes e nos fazer andar confiantes

Olhemos hoje, meus irmãos, para Mateus 10:29-31: “Não se vendem dois passarinhos por uma pequena moeda? Mas nenhum deles cairá no chão se não for da vontade de vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Portanto, não temais; valeis mais do que muitos passarinhos”. Essas palavras de Jesus nos falam da soberania de Deus, na qual, todos os Seus filhos deveriam descansar. O poder soberano de Deus não pode ser atingido e nem mudado por qualquer ação externa ao próprio Deus, visto que Sua soberania se estende a toda à criação, seja a criação material, como o ser humano, os animais e todas as galáxias, ou sobre toda a criação imaterial, como os anjos e todos os seres celestiais, o diabo e seus demônios. Nada se furta ao domínio soberano de Deus. Sejam nas “grandes coisas”, como nas menores criaturas do universo, como os pássaros. Esse poder imenso deve encher a nossa alma de um temor reverente diante da grandeza de Deus, mas também deve encher os nossos corações de muita confiança n’Ele.

É unicamente o Senhor quem acalma as nossas “tempestades” e nos faz caminhar em segurança

O ser humano sempre se defronta com dois problemas existecialmente cruciais: 1. Não ter controle sobre os fatos da vida e, 2, pensar que tem controle sobre esses fatos e se frustrar quando descobre que não tem controle sobre nada. Daí, ele tem a opção de depender inteiramente de Deus para viver, ou viver com muita raiva d’Ele e de tudo o que diga respeito a Ele. Em Jó 14.1,2 diz: “O homem, nascido da mulher, tem vida breve e cheia de inquietações. Como a flor, ele nasce e murcha; como a sombra, é fugaz e não permanece”. Quando reconhecemos humildemente a nossa fragilidade, podemos recorrer à providência de Deus para obtermos ajuda e orientação para viver: “Procuro alguém que venha me ajudar, mas ninguém sequer lembra que eu existo. Não tenho onde me abrigar, ninguém se importa com o que acontece comigo. Então clamo a ti, Senhor, e digo: Tu és meu refúgio, és tudo que desejo na vida” (Salmo 142:4‭-‬5). Nos momentos de carência vamos descobrir que apenas, e tão somente, é Deus quem tem todos os meios para nos socorrer; seja agindo diretamente na situação, seja usando alguém para nos socorrer.

Princípios importantes para fazermos a vontade de Deus

Como poderemos saber se o que fazemos, ou pretendemos fazer, é da vontade de Deus? Sabemos que é Ele quem encaminha Seus filhos a realizarem Sua vontade. No entanto, somos testemunhas de pessoas, inclusive de nós mesmos, que, muitas vezes, estão trilhando caminhos claramente opostos à vontade de Deus. Mas, mesmo assim, vamos considerar alguns versículos que nos ajudarão a cumprir a vontade de Deus adequadamente. Em Eclesiastes 9.10, encontramos um princípio salutar para executarmos a vontade de Deus: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o com todas as tuas forças, porque na sepultura, para onde vais, não há trabalho, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria”. Conscientes da brevidade da vida humana, devemos procurar fazer com eficiência, amor e alegria, tudo o que Deus coloca em nossas mãos para fazermos. Com certeza, isso é da vontade de Deus.

Nós desenvolvemos a confiança em Deus a partir do conhecimento que temos d’Ele

Hoje, meus irmãos, a nossa meditação será em Mateus 10.29-31: “Não se vendem dois passarinhos por uma pequena moeda? Mas nenhum deles cairá no chão se não for da vontade de vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Portanto, não temais; valeis mais do que muitos passarinhos”. Essas palavras do nosso Senhor têm por finalidade despertar a nossa confiança em Deus. Muito mais do que nos ensinar que tudo o que acontece reside no poder soberano de Deus, o nosso Senhor Jesus tem como propósito acalmar o nosso espírito, dizendo para deixarmos o temor pelas coisas comuns da vida e exercemos nossa confiança na soberania amorosa de Deus: “Portanto, não temais; valeis mais do que muitos passarinhos”. Apesar da nossa pequenez, Jesus diz para ficarmos confiantes porque o nosso Pai do céu cuida de cada detalhe da nossa vida.

O Deus mostrado na Bíblia só pode ser conhecido pela revelação que Ele faz de Si mesmo

O Deus mostrado na Bíblia só pode ser conhecido pela revelação que Ele faz de Si mesmo: “Pois o que se pode conhecer a respeito de Deus é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou” (Romanos 1:19). Quer dizer, o Deus da Bíblia não deflui do que se pensa sobre Ele, mas do que Ele revela de Si mesmo na Bíblia. O que salta aos olhos a respeito de Deus na Bíblia, é o fato de, apesar do Seu imenso poder, sabedoria, santidade, imensidão, independência e soberania, Ele haver por bem relacionar-se com seres humanos sem poder, ingênuos, pecadores, dependentes, impuros, pequenos e escravizados por Satanás, pela carne e pelo pecado, e libertá-los de suas amarras para torná-los Seus herdeiros através de Cristo, e “embaixadores e mordomos” das Suas riquezas incomparáveis, por causa unicamente do Seu propósito e graça. Para isto, “Ele nos tirou do domínio das trevas, e nos transportou para o Reino do Seu Filho amado, em quem temos a redenção, segundo as riquezas da Sua graça; nos tornando agradáveis a Si no Amado”. Por isso só depois de regenerados por Ele, nossos olhos espirituais são abertos e capacitados a enxergar o Deus que de revelou nas páginas das Sagradas Escrituras.