O poder transformador da repetição na busca pela presença de Deus

O poder transformador da repetição na busca pela presença de Deus

O texto que consideraremos hoje, meus irmãos, está em Atos 13.42: “Quando iam saindo, rogavam-lhes que lhes repetissem essas palavras no sábado seguinte”. Essa foi a reação das pessoas que ouviram a exposição do primeiro sermão de Paulo, acontecido na sinagoga de Antioquia da Pisídia, depois que ele e Barnabé foram “enviados pelo Espírito” para a obra de evangelização de todos os povos. Eu lembro quando ainda criança, ouvi meu pai pregando um sermão sobre a libertação de Israel do Egito. Eu fiquei tão tocado por aquela mensagem que pedi para ele pregá-la de novo no próximo domingo. O hino 50 do nosso Cantor Cristão traz essa mesma ideia: “Contai-me a velha história do grande Salvador”. O Evangelho é a repetição da história do nosso grande Salvador. A Ceia do Senhor é a repetição da história do sacrifício de Cristo e da esperança dos crentes de comemorarem a redenção nos céus, com a ministração do próprio Redentor. A repetição é a melhor forma de aprendizado, por isso a Bíblia insiste tanto em mostrar sua necessidade.

Nosso Deus é maior, melhor, mais forte e poderoso para nos defender

não importa a força, o poder e as estratégias do inimigo para nos derrotar o nosso Deus é maior, melhor, mais forte e poderoso para nos defender e colocar os nossos pés sobre a Rocha!

Meus irmãos, hoje nos concentraremos em 1Crônicas 5.20: “Foram ajudados contra os hagarenos, os quais foram entregues em suas mãos com todos que estavam com eles, porque clamaram a Deus em plena batalha, e ele os atendeu, porque confiaram nele”. Este versículo é parte da história da conquista da terra de Canaã pelos israelitas. As tribos de Rúben, Gade e metade da tribo de Manassés precisavam conquistar os territórios que Deus lhes dera, mas os locais eram habitados por povos fortes, guerreiros e aliançados com outras nações, o que os tornavam ainda mais fortes e preparados para se defenderem. Mas não havia como os israelitas fugirem do conflito. Ou eles enfrentavam aqueles povos, ou eles os destruíam. As duas tribos e meia tinham que enfrentar aquela situação muito perigosa para eles e suas famílias; era momento de decisão para continuarem vivos, ou se perderem para sempre. Você já esteve diante de alguma situação dramática em sua vida? Momento de decisão e escolha? Pois bem, era a situação daquelas tribos de Israel naquele momento. É importante observar que eles não tinham margem de erro. Era vencer, ou vencer.

Os mandamentos são mais desejáveis que o ouro

Meditemos hoje, meus irmãos, em Marcos 12.24: “Jesus respondeu: “O erro de vocês está em não conhecerem as Escrituras nem o poder de Deus”. Jesus falou isso ao responder uma pergunta dos saduceus sobre a ressurreição dos mortos. Havia três classes religiosas/políticas principais em Israel nos dias de Jesus: os fariseus, que defendiam e policiciavam vigorosamente a prática das leis e das tradições judaicas; os escribas, muito próximos do fariseus, cujo trabalho principal era copiar as Escrituras do Antigo Testamento e as tradições judaicas, e ensiná-las ao povo; e os saduceus, a classe culta, intelectualizada, helenizada, sacerdotal e dominante em Israel. Segundo eles, o nome ” saduceu” derivava do nome do sacerdote Zadoque (em grego se escrevia Sadouk) que, diziam eles, era o fundador daquele movimento. Eles, ao contrário dos fariseus e escribas, não criam em vários ensinos do Antigo Testamento: “pois os saduceus afirmam não haver ressurreição, nem anjos, nem espíritos, mas os fariseus creem em todas essas coisas” (Atos 23:8). Imaginem que a classe sacerdotal de Israel, encarregada de ensinar a Palavra de Deus ao povo, não cria nas “Escrituras e nem no poder de Deus”. Que ensino espiritual eles poderiam passar àquele povo?

Ensina-nos a contar nossos dias para que alcancemos um coração sábio

Meditemos hoje, meus irmãos, nas palavras de Jesus transcritas em Mateus 11.16-19: “Mas a que compararei esta geração? É semelhante a crianças que, sentadas nas praças, gritam para os companheiros: Nós vos tocamos flauta, e não dançastes; cantamos lamentações, e não chorastes. Porque veio João, que não comia nem bebia, e dizem: Tem demônio; e veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: É um glutão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores. Mas a sabedoria é comprovada por suas obras”. Para quem afirma que hoje vivemos o intragável século da geração do “politicamente correto” – ou melhor dizendo, da geração do “mi mi mi” – vamos encontrar Jesus “malhando” e criticando os “mimizentos” de Sua época, já há dois mil anos atrás. Quer dizer, em termos de relacionamentos humanos, parece que na “sociedade humana nada se cria, tudo se copia”. Nesse contraste da atuação social e espiritual de Jesus com os “mimizentos”, o que se constata é que Jesus com a Sua atuação e influência dividiu a história humana em “antes de Cristo” e “depois de Cristo”. Ou seja, a influente pró-atividade de Jesus formou uma geração de pessoas bem intencionadas, de caráter forte, decidida, corajosa e positivamente atuante em benefício do semelhante, enquanto que os “mimizentos” jamais criaram nada de positivo, e a atuação deles no passado e no presente se limita apenas a criticar quem faz as coisas acontecer. Quer dizer, quem gasta o seu tempo criticando, perde o seu tempo na vida, e não constrói coisa nenhuma de proveito.

A recompensa do justo

Meus irmãos, hoje a nossa atenção será dirigida para o Salmo 58.11: “Então os homens dirão: Certamente há uma recompensa para o justo; certamente há um Deus que julga na terra”. Recompensa é o reconhecimento por algum feito realizado. Esse reconhecimento pode ser representado de várias formas. Na maioria da vezes é representado pelo salário; outras vezes, por um prêmio; no final de um curso é representado pelo certificado de conclusão de curso, ou pelo diploma; às vezes pode ser pelo reconhecimento público de “serviço relevante prestado à sociedade, ou empresa”; enfim, existem várias formas de expressão da recompensa, como um mero “muito obrigado”, também. Sempre que se pensa em recompensa é necessária a presença da pessoa que vai julgar o merecimento da pessoa agraciada com a comenda correspondente. O versículo acima, mostra a identificação da Pessoa que recompensa com a Pessoa que julga, que, no caso, é o próprio Deus: “Então os homens dirão: Certamente há uma recompensa para o justo; certamente há um Deus que julga na terra”.

As ações de Deus em nosso favor, também são de interesse d’Ele, porque elas são um testemunho da Sua providência

A nossa medição hoje, meus irmãos, será no Salmo 40.1-3: “Esperei com paciência pelo Senhor, ele se inclinou para mim e ouviu meu clamor. Tirou-me de um poço de destruição, de um lamaçal; colocou meus pés sobre uma rocha, firmou meus passos. Pôs na minha boca um cântico novo, um hino ao nosso Deus. Muitos verão isso, temerão e confiarão no Senhor”. Creio que o Salmo 40 seja um dos textos mais conhecidos da Bíblia, por causa da imediata identificação nossa com o salmista. Não são raras as vezes que passamos por alguma situação sobre a qual não temos nenhum controle, e lembramos desse salmo: “Esperei com paciência pelo Senhor”; então, também, pedimos graça a Deus para “esperar pacientemente” por Ele e o final da história também, normalmente, é idêntica à do salmista: “ele (Deus) se inclinou para mim e ouviu meu clamor. Tirou-me de um poço de destruição, de um lamaçal; colocou meus pés sobre uma rocha, firmou meus passos. Pôs na minha boca um cântico novo, um hino ao nosso Deus”. Não é verdade? Não foi assim mesmo? Alguns dizem que “Deus tarda, mas não falha!” Deus jamais falha e nunca chega tarde. Ele chega no tempo certo, depois de desenvolver em nós a preciosa virtude da paciência e da confiança irrestrita n’Ele.

Nada pode manchar a pureza do Evangelho de Cristo

Meditemos hoje, meus irmãos, em Colossenses 2.8: “Tenham cuidado para que ninguém venha a enredá-los com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo”. A mensagem dos apóstolos tinha dois pilares principais: 1. Transmitir o Evangelho exatamente como tinham recebido de Cristo, sem nada lhe acrescentar ou retirar; 2. Ensinar esse Evangelho às Igrejas para que “em tempo algum” os crentes se desviassem dele: “Considero justo despertar-vos com certas lembranças, enquanto ainda estou neste tabernáculo, sabendo que em breve deixarei este meu tabernáculo, como nosso Senhor Jesus Cristo assim já me declarou. Mas procurarei esforçar-me para que, depois da minha partida, também tenhais lembrança dessas coisas em toda ocasião. Porque não seguimos fábulas engenhosas quando vos fizemos conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, pois fomos testemunhas oculares da sua majestade” (2Pedro 1:13‭-‬16). Não foram em vão as advertências do nosso Senhor Jesus Cristo sobre vigilância: “Vigiai, pois, orando em todo o tempo, para que possais escapar de todas essas coisas que haverão de acontecer e ficar em pé na presença do Filho do homem” (Lucas 21:36).

plugins premium WordPress