“Graça e paz tenhais de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo”.
Meus irmãos, hoje meditaremos em João 3:3: “Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus”. Segundo o próprio Jesus, “nascer de novo” é condição essencial para alguém participar e usufruir do Reino de Deus. De modo que, se alguém “não nascer de novo”, sequer pode ver o Reino de Deus. No entanto, novo nascimento não é uma condição que o ser humano, morto em ofensas e pecados, possa realizar por sua vontade própria. A figura do novo nascimento que Jesus usa é para nos ensinar que, assim como o nascimento natural acontece pela vontade dos pais e se desenvolve milagrosamente, o novo nascimento segue a mesma linha de raciocínio como, aliás, está escrito literalmente em João 1:12-13: “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus”. De maneira que o primeiro ato na ordem da salvação (“ordo salutis”) é o novo nascimento, também chamado de regeneração, pelo qual somos tornados filhos de Deus. Todos os benefícios da salvação nos são outorgados por Deus no ato da regeneração.
Meus irmãos, quando a graça salvífica de Deus nos foi apresentada através da mensagem do Evangelho, o nosso estado diante de Deus, era o mais precário e desesperador possível. Vejam como a Bíblia descreve a nossa condição espiritual antes do Evangelho nos ser oferecido (Efésios 2:2-3): “em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência; entre os quais todos nós também, antes, andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também”. A Bíblia complementa essa descrição da nossa condição desesperadora antes da regeneração ser operada em nós, em Romanos 3:10-14: “como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; com a língua tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; cuja boca está cheia de maldição e amargura. Em seus caminhos há destruição e miséria; e não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos”. Prezados irmãos, foi assim que o Evangelho da graça de Deus nos encontrou e, pelo poder que emana dele, nos salvou (Romanos 1:16-17): “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé”. Portanto, graças a Deus pelo milagre do novo nascimento operado em nós pelo poder de Deus que nos salvou eternamente.
Deus vos abençoe, meus irmãos, juntamente com vossas famílias. Amém!