“Graça a vós e paz da parte de Deus nosso Pai”.
Meus irmãos, hoje atentaremos, com toda diligência, para as palavras escritas em Jeremias 10:23: “Ó Senhor, eu sei que ao homem não pertence seu próprio caminho, nem lhe compete traçar seus passos”. Este versículo contém uma afirmação que o mundo, e parte de evangélicos, têm grande dificuldade de aceitar. Mesmo que a letra do versículo seja clara – aliás, para entender as palavras do versículo, basta ler, de tão claras que são. No entanto, o que o versículo afirma, choca-se frontalmente com o secularismo humanista e a sua pregação de que o HOMEM é o dono do seu próprio caminho, que o traça de acordo com a sua determinação e livre vontade; não Deus, ou qualquer outro ser. Entretanto, deixam de considerar que nenhum ser humano tem qualquer controle sobre a sua própria concepção e sobre o fim dos seus dias. Vejam o que a Bíblia diz sobre o lapso de tempo da existência humana (Jó 14:1-2, 5): “O homem, nascido da mulher, tem vida breve e cheia de inquietações. Como a flor, ele nasce e murcha; como a sombra, é fugaz e não permanece. Tu lhe estabeleceste limites, além deles ele não poderá passar, pois seus dias estão determinados, e os seus meses foram contados por ti”. A Bíblia mostra um Deus soberano, que controla tudo e todos e dá a destinação a toda a Sua obra criada, conforme a Sua vontade e planos.
Meus irmãos, não é possível crer em um Deus que fosse dirigido por seres criados por Ele e que ficasse à mercê das decisões desses seres, como um mero autômato. Se Deus fosse esse ser apequenado pelas decisões de Suas criaturas, estaríamos diante de um fantoche que reina, mas não governa. Se assim fosse, o governante do universo seriam as criaturas e não o Criador. Seria o barro dirigindo o oleiro. Essa hipótese em relação a Deus é tão absurda, que o apóstolo Paulo a repugna com muita veemência, quando diz (Romanos 9:20-21): “Mas quem és tu, ó homem, para argumentares com Deus? Por acaso a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou o oleiro não tem poder sobre o barro, para com a mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso?” Prezados irmãos, não existe nada que conforte mais a alma do crente do que as afirmações bíblicas sobre a soberania e a consequente imutabilidade da Pessoa de Deus, da Sua vontade e dos Seus decretos. As palavras de Davi no Salmo 139:14-18 devem encher o coração do crente da alegria que vem dos céus: “Eu te louvarei, pois fui formado de modo tão admirável e maravilhoso! Tuas obras são maravilhosas, tenho plena certeza disso! Meus ossos não te estavam ocultos, quando em segredo fui formado e tecido com esmero nas profundezas da terra. Teus olhos viram a minha substância ainda sem forma, e no teu livro os dias foram escritos, sim, todos os dias que me foram ordenados, quando nem um deles ainda havia. Ó Deus, como são preciosos para mim os teus pensamentos! Como é grande a soma deles! Se eu os contasse, seriam mais numerosos do que os grãos de areia; se os contasse até o fim, ainda estaria contigo”. SOLI DEO GLORIA!
Deus vos abençoe, meus irmãos, juntamente com vossas famílias. Amém!
