O papel do Diabo é tentar, o nosso é ser vigilante e sóbrio, para manter o equilíbrio cristão
Meus irmãos, a nossa meditação hoje será em Romanos 12.3: “Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo mais do que convém; mas que pense de si com equilíbrio, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um”. A palavra chave deste versículo é “equilíbrio”. Equilíbrio é a manutenção de um corpo na posição normal, sem oscilações ou desvios. É também a igualdade entre forças opostas. Também é aplicada aos relacionamentos humanos e, aí, é definido como estabilidade mental e emocional. Quer dizer, é algo que nada falta e nem sobra coisa alguma. É o ponto certo. É a beleza da vida e a sabedoria do viver. É a síntese de uma vida agradável a Deus e útil aos semelhantes.
A Palavra de Deus afirma que somos salvos em Cristo
A teologia católica romana ensina que ninguém pode afirmar que está salvo, pois a salvação vai depender de outros fatores além do sacrifício de Cristo, como boas obras, penitências, visitas a lugares sagrados e de missas encomendadas por parentes e amigos após a morte da pessoa. Outros dizem que afirmar que está salvo, é pura arrogância. Todavia, a Bíblia afirma que aquele que crer em Cristo, pode sim, ter certeza da sua salvação, pois Jesus afirmou: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10:11,27,28). O apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo disse: “Ele também os confirmará até o fim, para que vocês sejam irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é Deus, pelo qual vocês foram chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1Coríntios 1:8-9). E ainda: “Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9).
E sei que tudo que Deus faz é definitivo; não se pode acrescentar ou tirar nada
A nossa meditação hoje, meus irmãos, será em Eclesiastes 3.14: “E sei que tudo que Deus faz é definitivo; não se pode acrescentar ou tirar nada. O propósito de Deus é que as pessoas o temam.” Qualquer obra, de qualquer ser, pode ser complementada ou modificada, mas a obra de Deus é definitiva. É o tipo de obra que não há nada a se acrescentar ou tirar porque, o que se fizer além ou aquém do que Ele fez, a estraga. Quando observamos o que Deus fez, só podemos nos extasiar diante da sua perfeição e temê-Lo pela Sua sabedoria e poder. O versículo diz que “o propósito de Deus na Sua obra, é que todos O temam”. O poder e a sabedoria de Deus deve nos levar a reconhecer humildemente que Ele é Deus acima e além de qualquer outro ser, e que é o único a salvar e julgar a todos.
Vendo a graça de Deus, alegrou-se e exortava a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor
Uma das grandes bênçãos da vida cristã é o fato de aprendermos do próprio Deus as Suas instruções. Porém, é muitíssimo importante que analisemos a nossa presteza em por em prática as instruções que Ele nos passou. Será que somos lentos em executar a vontade de Deus, ou, assim que tomamos ciência a executamos com obediência, eficiência e amor? O capítulo 11 de Atos nos mostra como a Igreja de Jerusalém e sua liderança entenderam e executaram a vontade de Deus. O Evangelho deveria ser anunciado a todos os povos, de todas as nações mas, quando Pedro entrou na casa do gentio Cornélio para pregar o Evangelho, a Igreja de Jerusalém não aceitou: “Chegou ao conhecimento dos apóstolos e dos irmãos que estavam na Judeia que também os gentios haviam recebido a palavra de Deus. Quando Pedro subiu a Jerusalém, os que eram da circuncisão o arguiram, dizendo: Entraste em casa de homens incircuncisos e comeste com eles” (Atos 11:1-3). Mas Pedro explicou e eles entenderam: “E, ouvindo eles estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: Logo, também aos gentios foi por Deus concedido o arrependimento para vida” (Atos 11:18).
Bom Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna?
A história do jovem rico é muito ilustrativa, porque ela começa com uma pergunta que muita gente já fez e faz: “E um homem importante perguntou-lhe: Bom Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna?” (Lucas 18:18). Destaquemos a expressão “que devo fazer para herdar a vida eterna?”, pois essa pergunta acentua a busca da vida eterna – ou salvação – pelo esforço pessoal, pelo que fazer, ao contrário do que ensina a Palavra de Deus. A Bíblia ensina que a salvação – ou vida eterna – é dada gratuitamente por Deus e recebida pela fé no sacrifício de Cristo. Tudo o que precisamos para ser salvo por toda a eternidade, Cristo já fez, não restando nada que possamos fazer para complementar Sua obra. Basta que a recebamos pela fé.
Jesus é a síntese da Pessoa de Deus
Meus irmãos, hoje meditaremos nas palavras do Senhor Jesus Cristo, registradas em João 5.39: “Vós examinais as Escrituras, pois julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim”. De fato, toda a Escritura nos remete à pessoa do nosso Senhor Jesus e à Sua obra de redenção. Basta olharmos para a árvore da vida no jardim do Éden e logo nos recordaremos das palavras do Mestre: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos” (João 10:27-28). Em cada detalhe das Escrituras veterotestamentárias, lá está retratado o Cristo de Deus. Seja no animal sacrificado para, com a sua pele, vestir nossos primeiros pais, ou no proto-Evangelho de Gn 3.15, quando Deus prometeu o Salvador através da semente da mulher. Vemo-Lo também no Cordeiro que Deus providenciou para Abraão, em substituição à Isaque. Igualmente podemos contemplá-Lo no sacerdócio levítico e nos sacrifícios para expiação dos pecados. No livro de Rute, Jesus é retratado como o parente resgatador. Na verdade, em cada um dos 39 livros do Antigo Testamento, podemos ver a figura do nosso Senhor Jesus Cristo.
Mas vós, quem dizeis que eu sou?
Meditemos hoje, meus irmãos, em Mateus 16.13-17: “Tendo chegado às regiões de Cesareia de Filipe, Jesus perguntou aos discípulos: Quem os homens dizem ser o Filho do homem? Eles responderam: Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias, ou algum dos profetas. E Jesus lhes perguntou: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo, Simão Pedro disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus lhe disse: Simão Barjonas, tu és bem-aventurado, pois não foi carne e sangue que te revelaram isso, mas meu Pai, que está no céu”. Jesus pergunta aos discípulos o que as pessoas falavam a respeito d’Ele. Depois de ouvir a resposta dos discípulos sobre a opinião que eles captaram das pessoas sobre Si, Jesus aprofunda a questão, para saber o que os próprios discípulos pensavam a Seu respeito. Jesus estava formando os discípulos para eles anunciarem ao mundo o Seu Evangelho, e era necessário que eles conhecessem perfeitamente quem era Jesus, porque se não a mensagem deles não seria exata: “Porque ninguém pode lançar outro alicerce, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1Coríntios 3:11).