Deus em Cristo executou por nós
Voltemos a nossa atenção hoje, meus irmãos, para o Salmo 57.2: “Clamarei ao Deus altíssimo, ao Deus que tudo executa por mim”. Quando nos deparamos com um versículo desses, logo pensamos em todos os desejos que temos por coisas materiais, supérfluas e egoístas. É como se estivéssemos ligando Deus ao “gênio da lâmpada maravilhosa do Aladim”. Porém o sentido e o alcance das palavras desse versículo estão muito acima e além dessas trivialidades. Com certeza, Deus pode nos conceder bens materiais e outras coisas necessárias à vida, no entanto, as promessas e alianças de Deus com o Seu povo, transcendem em muito tudo isso, pois elas têm a ver com o seu plano redentivo, pelo qual o Seu povo será agraciado “com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo” (Ef 1.3). Aí, sim. Quando estivermos com Cristo em glória, nossos olhos serão abertos e nossas mentes entenderão que “Deus realizou todas as coisas por nós”.
A história da Igreja é feita de crentes fiéis
Meditemos hoje, meus irmãos, em Atos 20.1,2: “Cessado o tumulto, Paulo mandou chamar os discípulos e, tendo-os encorajado, despediu-se e partiu para a Macedônia. E, depois de andar por aquelas regiões e encorajar os discípulos com muitas palavras, chegou à Grécia”. O tumulto do qual o texto fala, foi um ajuntamento liderado por um homem chamado Demétrio, fabricante de nichos da deusa Diana, na cidade de Éfeso que, temeroso que os habitantes da Ásia, devotos da tal deusa, abandonassem o culto a ela e se tornassem cristãos, parando de comprar os tais nichos, o negócio deles fracassaria. Os amigos de Paulo o esconderam da confusão que reinou naquele dia em Éfeso, não lhe permitindo ir ao teatro da cidade onde os manifestantes se aglomeraram: “Também alguns dos oficiais romanos, amigos de Paulo, mandaram pedir-lhe que não se arriscasse a ir ao teatro” (Atos 19:31). Bem, o escrivão da cidade conseguiu apaziguar a multidão e eles se dispersaram. Depois dessa confusão toda, o apóstolo Paulo reúne a Igreja, fala com os irmãos e parte para mais uma missão.
A igreja desfrutava de paz em toda a Judeia, Galileia e Samaria, sendo edificada e vivendo no temor do Senhor
A nossa meditação hoje, meus irmãos, será em Atos 9.31: “Assim, a igreja desfrutava de paz em toda a Judeia, Galileia e Samaria, sendo edificada e vivendo no temor do Senhor. E crescia em número, pela coragem vinda do Espírito Santo”. Esse é um dos resumos mais extraordinários de Igreja. Nessa informação sobre a vida da Igreja Primitiva estão contidos todos os elementos necessários para enxergarmos suas bases. Ou seja, é uma Igreja que desfruta de paz, e entenda-se, paz com Deus em Jesus Cristo; paz de Deus, que excede todo entendimento, pois é uma espécie de paz que se verifica até nos momentos de tribulação e de dificuldade dos crentes, como era o caso da Igreja Primitiva; no entanto, ela é uma Igreja na qual os crentes batalham pela edificação uns dos outros; ela era uma Igreja que tinha plena noção do seu chamado, pois vivia no temor do Senhor. Em razão do funcionamento perfeito daquela Igreja como um corpo, a consequência foi que ela “crescia em número, pela coragem vinda do Espírito Santo”.
A Bíblia ensina que o nosso acesso é direto com Deus, sem qualquer burocracia
É senso comum que a burocracia é um dos fatores que mais atrapalha o progresso da sociedade humana, além de provocar “stress”, tensão e até muita raiva nas pessoas que lhe ficaram expostas. Essa mania insana de burocratização que os seres humanos têm, também se verifica na religião. Todos presenciamos igrejas promovendo campanhas de sete dias de oração para a obtenção de “bênçãos”, quarenta dias de outras coisas, etc. A mestra da “burocracia religiosa” é a igreja romana, que condiciona a obtenção de alguma graça de Deus a penitências, intercessões de “santos”, realização de missas, etc. Essa burocracia espiritual católica romana está bem retratada na obra de Ariano Suassuna, “O Alto da Compadecida”, obra esta que foi transformada em filme com esse mesmo nome.
O Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam nele
Iniciemos esta semana recordando de uma preciosa declaração bíblica sobre o nosso Deus: “O Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam nele” (Naum 1:7). Além dessa declaração da Palavra de Deus sobre a bondade divina, todos nós também podemos afirmar e atestar que, durante toda a nossa caminhada com Ele, não houve nenhum dia que deixamos de experimentar Sua bondade em cada detalhe da nossa existência. Em algum momento, Ele nos supriu em alguma necessidade: seja de cura física ou psicológica, seja nos abrindo alguma porta de sustento, seja nos orientando nas decisões, seja falando aos nossos corações, enfim, Ele sempre esteve presente nos abençoando com a Sua bondade.
No Reino de Deus a importância do indivíduo é diretamente proporcional à sua capacidade de servir o rebanho de Cristo
Meus irmãos, meditemos hoje em Mateus 20.20,21: “Então a mãe dos filhos de Zebedeu veio a Jesus com seus filhos. Ela se ajoelhou diante dele a fim de lhe pedir um favor. “O que você quer?”, perguntou ele. Ela respondeu: “Por favor, permita que, no seu reino, meus dois filhos se sentem em lugares de honra ao seu lado, um à sua direita e outro à sua esquerda”. O desejo de honra, de reconhecimento, de pompa e de uma posição de superioridade, é algo completamente espúrio à ideia de Reino de Deus. No entanto, esses desejos são as bases comuns da sociedade humana, e ela sobrevive em razão desses pressupostos. Essa “cosmovisão humana” tem como base a natureza decaída da espécie humana. Por isso, não se pode esperar outra forma dos seres humanos enxergarem de maneira lógica a estratificação que eles idealizaram para a sobrevivência da sociedade humana. Todas as pessoas têm um desejo natural de se sentirem, de alguma forma, poderosas.
O papel do Diabo é tentar, o nosso é ser vigilante e sóbrio, para manter o equilíbrio cristão
Meus irmãos, a nossa meditação hoje será em Romanos 12.3: “Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo mais do que convém; mas que pense de si com equilíbrio, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um”. A palavra chave deste versículo é “equilíbrio”. Equilíbrio é a manutenção de um corpo na posição normal, sem oscilações ou desvios. É também a igualdade entre forças opostas. Também é aplicada aos relacionamentos humanos e, aí, é definido como estabilidade mental e emocional. Quer dizer, é algo que nada falta e nem sobra coisa alguma. É o ponto certo. É a beleza da vida e a sabedoria do viver. É a síntese de uma vida agradável a Deus e útil aos semelhantes.