II Cr. 29: 1-11
Introdução: Ezequias assumiu o trono de Judá no meio de uma crise muita aguda, porque o seu pai e antecessor, rei Acaz, cometeu grandes pecados contra o Senhor. Por causa da sua rebeldia a nação ficou completamente arruinada e entregue a inimigos: Síria, Reino do Norte, Assíria, Edom, filisteus, os quais levaram muitos judeus como escravos, além de terem despojados Judá de suas riquezas. Acaz era um incansável pecador diante do Senhor: adorou outros deuses e chegou a sacrificar os próprios filhos no vale de Hinom. Quando Ezequias assumiu o reino a nação passava por uma crise sem precedentes (II Cr. 28: 19).
I. INFORMAÇÕES BÍBLICAS SOBRE O NOVO REI DE JUDÁ (vs. 1-7). Acompanhemos a fórmula usada pelo rei Ezequias para debelar crise que sua nação passava, acompanhando as informações que a Bíblia nos dá.
1. Sua idade: 25 anos – um jovem. Seria Ezequias, ainda tão jovem e, possivelmente, sem grande experiência a pessoa adequada para governar Judá naquela conjuntura? Teria ele capacidade para administrar aquela desordem que seu pai deixara? Vejamos porque ele conseguiu reerguer Judá.
2. Testemunhos bíblicos sobre sua vida com Deus:
a. “Fez o que era reto diante do Senhor”. Essa expressão lembra alguém diante de um corpo de jurados esperando um veredicto. Ele não fez o que era reto aos olhos de qualquer ser humano. Não, a Bíblia diz que ele foi avaliado por Deus e aprovado. É de Deus que deveremos esperar a aprovação. Quando Ele declara que fizemos o que Lhe agrada e como Lhe agrada, fomos verdadeiramente aprovados. Ezequias passou pelo crivo de Deus e recebeu os lauréis da aprovação.
b. “No primeiro ano do seu reinado, no primeiro mês reabriu as portas da casa do Senhor e as consertou”. Ezequias apesar de ser jovem e de não ter podido contar com um exemplo positivo dentro do seu lar, sabia no seu coração que a solução para sua nação estava tão somente em Deus. Por isso, não começou soltando pacotes de medidas econômicas ou políticas, mas logo no início do seu governo “abriu as portas da casa do Senhor”. É com o Senhor que começamos uma grande história de vida e uma caminhada segura.
c. “Trouxe os sacerdotes e levitas”. Depois de reabrir o templo do Senhor, Ezequias trouxe para ministrar diante de Deus as pessoas escolhidas por Ele. Ezequias não fez como Jeroboão ao assumir o reino de Israel botando qualquer um para ministrar ao Senhor (I Rs. 12: 31). É Deus quem escolhe os Seus ministros.
d. Aconselhou os levitas a tirarem as imundícias da casa do Senhor. Acaz encheu o templo do Senhor de deuses estranhos: ídolos dos mais diversos. Por isso a ordem de Ezequias para que os levitas tirassem as imundícias do templo do Senhor (I Co. 6: 19, 20). Existe alguma coisa no templo do Senhor que deva ser removida?
e. Reconhecimento do grande erro cometido pelos pais (vs. 6, 7). Só deixamos alguma coisa perniciosa quando temos consciência do mal que ela causa. Por isso aprendemos mais uma lição com Ezequias: o que causa mal deve ser reconhecido e deixado (Pv. 28: 13).
II. INFORMAÇÕES BÍBLICAS SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO (vs. 8, 9). Não existe nenhum benefício em qualquer espécie de pecado, por isso ele deve ser deixado morrer de inanição (I Co. 10: 13; Rm. 6: 11-14). O pecado sempre traz conseqüências danosas, como vemos nos texto.
1. “Veio grande ira do Senhor sobre a nação”. O povo preferiu pecar e as colheram os seguintes frutos: perturbação, assolação e menosprezo.
2. Julgamentos individuais sofridos pelo povo. Se a nação como um todo sofreu os males referidos, cada pessoa teve como paga do pecado os seguintes: morte violenta dos pais e cativeiro dos descendentes.
III. O NOVO REI EXORTA OS LEVITAS A SEREM DILIGENTES NO SERVIÇO (vs. 11).
1. “Não sejam negligentes, pois o Senhor vos tem escolhido para servi-Lo”. Ezequias sabia que havia muito a ser feito, por isso exortou os levitas à diligência no serviço. A constância e a fidelidade devem ser duas das mais características daqueles que fazem profissão de servir a Deus, porque Ele reprova a falta de diligência (Jr. 47: 10a).
2. “O Senhor vos escolheu para serdes os Seus ministros”. Por que os levitas deveriam fazer a obra do Senhor diligentemente? Porque foram escolhidos por Ele para servi-Lo. Que cada crente tenha consciência que foi chamado com Deus para a realização de uma obra específica (II Tm. 1: 9).
Conclusão: Deus nos chama, jovens ou adultos, a começarmos um novo relacionamento com Ele. Sempre é tempo de reatarmos nosso comunhão com Ele e de começarmos tudo abrindo as portas do nosso coração para que Ele reine soberanamente nas nossas vidas. Que peçamos a Sua graça para que qualquer imundícia seja tirada dos nossos corações e a Sua presença augusta resplandeça no nosso viver. Que sejamos diligentes no Seu serviço, sabendo que fomos chamados por Ele para servi-Lo com integridade de coração.