Êx. 1: 15-22
Introdução: Os israelitas tinham passado por um período de muitas regalias no período em que José governou o Egito. Depois da sua morte “levantou-se um novo rei sobre o Egito que não conhecera a José” (1: 8–10) e os reduziu a uma pesada escravidão. Porém, “quanto mais os afligia, mas eles cresciam” (1: 12). Vendo que seus esforços para destruí-los estavam sendo inúteis, o rei resolveu fazer o que lemos no texto referido: mandou matar os recém-nascidos.
1. Sifrá e Puá, as duas parteiras designadas às hebreias receberam um encargo duro: matar crianças (vs. 15, 16). Pessoas de bem; pessoas que gostavam da vida, que ajudavam outras pessoas a nascerem, a virem ao mundo; pessoas que cuidavam de mães, agora recebem uma ordem para fazerem tudo ao contrário do que estavam acostumadas a fazerem; elas amavam sua profissão. Agora teriam de agir contra todos os seus princípios. Como é duro agir contra princípios!
2. “As parteiras temeram a Deus e não fizeram como o rei do Egito lhes dissera” (vs. 17). Elas tinham duas opções: fazer a vontade do rei e carregarem pelo resto da vida um peso por terem se submetido a tamanha vergonha, ou arriscarem a própria vida e o prestígio, ou agirem de acordo com seus princípios. Neste versículo está a chave para a permanência no caminho certo: temer a Deus. Foi por causa do temor a Deus que aquelas duas mulheres arriscaram a própria vida desobedecendo à ordem do rei.
3. As parteiras são chamadas ao palácio para prestar contas (vs. 18, 19). Sempre que se toma uma decisão, a prestação de contas acontece. Qualquer ato humano traz consequência. Seja a outro ser humano, seja a Deus. Depois de uma decisão tomada as consequências são inevitáveis. Ninguém escapa disso.
4. Deus abençoa as parteiras e o povo aumenta e se fortalece (vs. 20, 21). Como a decisão das parteiras foi por causa de Deus, Ele as abençoou. Na verdade, todos os nossos caminhos deveriam ser dirigidos por causa de Deus. Seja de fazer ou não fazer determinada coisa, a decisão do crente deve levar em conta Deus.
Conclusão: Vendo que seu intento secreto frustrou-se, o faraó tornou- público: ordena aos próprios pais hebreus que matem seus filhos. Este ato do faraó é o que se pode chamar de maldade extrema, pois como poderiam os próprios pais matarem seus filhinhos sem se prejudicarem psicologicamente pelo resto da vida? O que o faraó não imaginava era que o libertador dos hebreus seria criado dentro da sua própria casa e às suas custas (2: 7-10). Deus sempre livra o Seu povo, mesmo que ele esteja no meio da tempestade.