Saber que o nosso Deus é soberano deveria acalmar os nossos corações, tirar as nossas inquietudes e nos fazer andar confiantes
Olhemos hoje, meus irmãos, para Mateus 10:29-31: “Não se vendem dois passarinhos por uma pequena moeda? Mas nenhum deles cairá no chão se não for da vontade de vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Portanto, não temais; valeis mais do que muitos passarinhos”. Essas palavras de Jesus nos falam da soberania de Deus, na qual, todos os Seus filhos deveriam descansar. O poder soberano de Deus não pode ser atingido e nem mudado por qualquer ação externa ao próprio Deus, visto que Sua soberania se estende a toda à criação, seja a criação material, como o ser humano, os animais e todas as galáxias, ou sobre toda a criação imaterial, como os anjos e todos os seres celestiais, o diabo e seus demônios. Nada se furta ao domínio soberano de Deus. Sejam nas “grandes coisas”, como nas menores criaturas do universo, como os pássaros. Esse poder imenso deve encher a nossa alma de um temor reverente diante da grandeza de Deus, mas também deve encher os nossos corações de muita confiança n’Ele.
É unicamente o Senhor quem acalma as nossas “tempestades” e nos faz caminhar em segurança
O ser humano sempre se defronta com dois problemas existecialmente cruciais: 1. Não ter controle sobre os fatos da vida e, 2, pensar que tem controle sobre esses fatos e se frustrar quando descobre que não tem controle sobre nada. Daí, ele tem a opção de depender inteiramente de Deus para viver, ou viver com muita raiva d’Ele e de tudo o que diga respeito a Ele. Em Jó 14.1,2 diz: “O homem, nascido da mulher, tem vida breve e cheia de inquietações. Como a flor, ele nasce e murcha; como a sombra, é fugaz e não permanece”. Quando reconhecemos humildemente a nossa fragilidade, podemos recorrer à providência de Deus para obtermos ajuda e orientação para viver: “Procuro alguém que venha me ajudar, mas ninguém sequer lembra que eu existo. Não tenho onde me abrigar, ninguém se importa com o que acontece comigo. Então clamo a ti, Senhor, e digo: Tu és meu refúgio, és tudo que desejo na vida” (Salmo 142:4-5). Nos momentos de carência vamos descobrir que apenas, e tão somente, é Deus quem tem todos os meios para nos socorrer; seja agindo diretamente na situação, seja usando alguém para nos socorrer.
Princípios importantes para fazermos a vontade de Deus
Como poderemos saber se o que fazemos, ou pretendemos fazer, é da vontade de Deus? Sabemos que é Ele quem encaminha Seus filhos a realizarem Sua vontade. No entanto, somos testemunhas de pessoas, inclusive de nós mesmos, que, muitas vezes, estão trilhando caminhos claramente opostos à vontade de Deus. Mas, mesmo assim, vamos considerar alguns versículos que nos ajudarão a cumprir a vontade de Deus adequadamente. Em Eclesiastes 9.10, encontramos um princípio salutar para executarmos a vontade de Deus: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o com todas as tuas forças, porque na sepultura, para onde vais, não há trabalho, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria”. Conscientes da brevidade da vida humana, devemos procurar fazer com eficiência, amor e alegria, tudo o que Deus coloca em nossas mãos para fazermos. Com certeza, isso é da vontade de Deus.
Nós desenvolvemos a confiança em Deus a partir do conhecimento que temos d’Ele
Hoje, meus irmãos, a nossa meditação será em Mateus 10.29-31: “Não se vendem dois passarinhos por uma pequena moeda? Mas nenhum deles cairá no chão se não for da vontade de vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Portanto, não temais; valeis mais do que muitos passarinhos”. Essas palavras do nosso Senhor têm por finalidade despertar a nossa confiança em Deus. Muito mais do que nos ensinar que tudo o que acontece reside no poder soberano de Deus, o nosso Senhor Jesus tem como propósito acalmar o nosso espírito, dizendo para deixarmos o temor pelas coisas comuns da vida e exercemos nossa confiança na soberania amorosa de Deus: “Portanto, não temais; valeis mais do que muitos passarinhos”. Apesar da nossa pequenez, Jesus diz para ficarmos confiantes porque o nosso Pai do céu cuida de cada detalhe da nossa vida.
O Deus mostrado na Bíblia só pode ser conhecido pela revelação que Ele faz de Si mesmo
O Deus mostrado na Bíblia só pode ser conhecido pela revelação que Ele faz de Si mesmo: “Pois o que se pode conhecer a respeito de Deus é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou” (Romanos 1:19). Quer dizer, o Deus da Bíblia não deflui do que se pensa sobre Ele, mas do que Ele revela de Si mesmo na Bíblia. O que salta aos olhos a respeito de Deus na Bíblia, é o fato de, apesar do Seu imenso poder, sabedoria, santidade, imensidão, independência e soberania, Ele haver por bem relacionar-se com seres humanos sem poder, ingênuos, pecadores, dependentes, impuros, pequenos e escravizados por Satanás, pela carne e pelo pecado, e libertá-los de suas amarras para torná-los Seus herdeiros através de Cristo, e “embaixadores e mordomos” das Suas riquezas incomparáveis, por causa unicamente do Seu propósito e graça. Para isto, “Ele nos tirou do domínio das trevas, e nos transportou para o Reino do Seu Filho amado, em quem temos a redenção, segundo as riquezas da Sua graça; nos tornando agradáveis a Si no Amado”. Por isso só depois de regenerados por Ele, nossos olhos espirituais são abertos e capacitados a enxergar o Deus que de revelou nas páginas das Sagradas Escrituras.
O crente vive pela fé em Deus, tanto para a salvação eterna, como na Sua providência para o nosso sustento e bem-estar
“Um dia eu chego lá!” “Se eu não fizer, ninguém faz por mim”. “Faça a sua parte que eu te ajudarei, diz o Senhor”. Esses são alguns ditados que as pessoas usam para se referirem ao desejo de sucesso pessoal. Alguns chegam a levar tão a sério esses ditados, que dedicam suas vidas exclusivamente para trabalharem loucamente, sem qualquer descanso. Com isso, abrem mão do cuidado familiar, do cuidado com a própria saúde e, acima de tudo, não reservam nem um momento de sua semana para adorar a Deus, “em cuja mão sua vida está”, e “Quem enche sua vida de bens”. O trabalho, o lazer e o descanso são itens necessário à uma boa vida, porém dentro dos limites que Deus traçou para o nosso bem. O sábio Salomão disse: “A bênção do Senhor enriquece sem trazer dor alguma” (Provérbios 10:22). Separar um dos sete dias da semana para descansar e cultuar a Deus é tão necessário, que o Senhor prescreveu na Sua Lei: “Seis dias trabalharás e farás o teu trabalho; mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem teu animal, nem o estrangeiro que vive contigo” (Êxodo 20:9-10). Esse princípio é tão importante, que as nações o incluíram nas suas legislações trabalhistas.
Cuidado para que ninguém se abstenha da graça de Deus
Hoje, meus irmãos, vamos fixar a nossa atenção em Mateus 12.22-24: “Então lhe trouxeram um endemoninhado cego e mudo; e Jesus o curou, de modo que ele passou a falar e a ver. E, espantada, toda a multidão dizia: Será este o Filho de Davi? Mas os fariseus, ouvindo isso, disseram: Este homem expulsa os demônios somente por meio de Belzebu, o chefe dos demônios”. A situação do homem curado por Jesus era terrível. Ele estava endemoninhado, além de ser cego e mudo. A reação da multidão diante desse fato extraordinário, foi imediata: “E, espantada, toda a multidão dizia: Será este o Filho de Davi?”. A expressão “Filho de Davi” era sinônima de “Messias”. Porém, a reação dos fariseus foi oposta à do povo: “Este homem expulsa os demônios somente por meio de Belzebu, o chefe dos demônios”. Os fariseus e sacerdotes foram ferrenhos inimigos e críticos de Jesus, porque tinham inveja d’Ele: “Pois ele sabia que os principais sacerdotes lhe haviam entregado Jesus por inveja” (Marcos 15:10). Em outra ocasião, o Sinédrio foi reunido para deliberar a respeito de Jesus: “Então os principais sacerdotes e os fariseus reuniram o Sinédrio e disseram: Que faremos? Este homem está realizando muitos sinais. Se o deixarmos em paz, todos crerão nele” (João 11:47-48a).