Tendo Deus iluminado nossos corações para conhecermos Cristo, já não caminhamos mais nas trevas, mas na gloriosa luz divina
Escuridão é ausência de luz. A Bíblia diz que “trevas cegam os olhos”. Na verdade, os olhos só funcionam na presença da luz. Não havendo luz, não há como o cérebro decodificar as imagens captadas pelos olhos. Não é em vão que a Bíblia diz que Deus é luz: “E a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos é esta: Deus é luz, e nele não há treva alguma” (1João 1:5). Àqueles que Deus chama à salvação, Ele faz a Sua luz brilhar nos seus corações: “Porque Deus, que disse: Das trevas resplandeça a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo” (2Coríntios 4:6). Vivíamos em densas trevas, mas o Senhor Deus, por Sua graça e propósito, iluminou nossos corações para podermos receber o Evangelho, crer no Seu Filho e ter a nossa justificação assegurada diante d’Ele através de Cristo.
A beleza de tudo está no amor, porque o amor é liberdade e, quando amamos, nenhum sacrifício é grande o suficiente diante da força, do prazer e do poder do amor
Onde está a beleza das coisas? Onde poderemos enxergar o que é essencialmente belo? A resposta direta e simples é: a beleza de tudo está no amor, porque o amor é liberdade e, quando amamos, nenhum sacrifício é grande o suficiente diante da força, do prazer e do poder do amor. Quando não há amor, qualquer dificuldade a ser superada, é uma penúria mas, quando existe amor, tudo se torna possível. O apóstolo Paulo definiu o seu ministério assim: “Embora eu seja um homem livre, fiz-me escravo de todos para levar muitos a Cristo” (1Coríntios 9:19). Mesmo que Paulo fosse um homem livre, ele se fez escravo de todos a fim de levar a mensagem do grande objeto do seu amor, o Senhor Jesus Cristo, a todos os povos. O amor de Paulo por Jesus era tão intenso, que ele se considerava morto para todas as demais coisas: “Mas longe de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu estou crucificado para o mundo” (Gálatas 6:14).
Crente vigilante é aquele que pauta a sua vida, sua conduta e seus relacionamentos nesta terra, com vistas à sua vida eterna com o Senhor Jesus Cristo
Jesus sempre nos advertiu sobre vigilância. Vigiar é guardar bem o que nos é precioso; vigilância é uma ação preventiva que visa evitar algum prejuízo futuro. Nós, brasileiros, dizemos ironicamente de nós mesmos, que “brasileiro só fecha a porta depois de roubado”. Pois bem, ser vigilante é fechar a porta antes do prejuízo! Porém, o Senhor Jesus nos dá uma motivação para sermos vigilantes: “Portanto, vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o Senhor de vocês” (Mateus 24:42). De acordo com Jesus, devemos ser vigilantes por causa do Seu retorno repentino. É por causa da volta do Senhor e do nosso encontro com Ele que devemos estar atentos e vigilantes.
O que caracteriza o Cristianismo é a alteridade, o altruísmo, o viver em função do outro, o trabalhar para o bem e o crescimento do outro
A sociedade moderna é essencialmente individualista, e um dos males do individualismo é a falsa ideia de que uma pessoa e os seus atos não têm nenhum reflexo na sociedade e só atingem a própria pessoa, e a mais ninguém. Essa atitude é representada por frases como: “ninguém tem nada a ver com o que eu digo, ou faço”: ou, “a minha vida é minha, portanto eu não tenho que dar satisfação a ninguém”. O individualismo é um sistema filosófico que bate frontalmente com o Cristianismo, a tal ponto de serem posturas opostas e excludentes. Quer dizer, o cristão não pode ser individualista, e nem o individualista pode se dizer cristão. O que caracteriza o Cristianismo é a alteridade, o altruísmo, o viver em função do outro, o trabalhar para o bem e o crescimento do outro. O cristão é um despenseiro dos tesouros de Deus para distribuí-los ao mundo, não para retê-los individualmente para si.
A graça de Deus é melhor do que a vida
No Salmo 63.3 diz que a graça (ou o amor) de Deus, é melhor que a vida. A graça amorável de Deus é a força mais extraordinária que existe! Quando ela se manifesta quebra todas as barreiras, conceitos e preconceitos; nos liberta das nossas amarras e nos introduz no universo da liberdade dos filhos de Deus. A graça amorável de Deus nos liberta de todas as amarras da alma, porque ela é invencível e irresistível, e tem a capacidade de trocar o nosso coração de pedra por um coração segundo Deus. Vejam como a graça de Deus mudou a vida de Saulo. Ele foi transformado de perseguidor da Igreja, em um perseguido por causa do Evangelho. Há pessoas que clamam a Deus por providência contra alguém que pratica o mal habitualmente. Mas a nossa oração deve ser para que Deus, por Sua soberania, derrame Sua graça sobre essa pessoa porque, se isto acontecer, a vida dela será completamente transformada.
Jesus não é o que se pensa Dele, mas quem a Bíblia diz que Ele é
Meus irmãos, meditemos hoje em Mateus 21.9-11: “E as multidões, tanto as que iam adiante dele como as que o seguiam, clamavam: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas! Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade se agitou e começou a perguntar: Quem é este? E as multidões respondiam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galileia”. Este foi um momento de grande empolgação das multidões que seguiam Jesus “por causa dos Seus feitos”, e não por Quem Ele era. Na mentalidade daquela multidão, Jesus era o personagem que realizava o tipo que elas nutriam sobre o Messias. Quando, logo depois, perceberam que tinham se enganado, trocaram o “Hosana nas alturas”, pelo “Crucifica-O”. A expectativa pelo Jesus diferente da revelação bíblica, sempre causou um grave problema para a própria pessoa, e também para as pessoas a quem se passou a ideia errada. Vejam que quando perguntaram sobre quem era Jesus, a resposta foi incompleta: “Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galileia”. Jesus não era apenas um profeta, Seus ofícios eram maiores. Ele é profeta, sacerdote e rei. Ele é o Filho de Deus encarnado!
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão saciados
Quando participamos de algo muito bom, tipo um bom jantar, uma boa festa, ou algo semelhante, é comum ouvir alguém se referindo ao evento com a expressão: “tem gostinho de quero mais”. Quando Paulo e Barnabé, “enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre” (Atos 13:4)”, chegaram, dias depois, em Antioquia da Pisídia, entraram na sinagoga e pregaram as boas-novas do Evangelho de Cristo, “Quando iam saindo, rogavam-lhes que lhes repetissem essas palavras no sábado seguinte” (Atos 13:42). Aquelas pessoas queriam ouvir “as mesmas coisas!” A palavra no coração deles teve “um gostinho de quero mais”. Aquelas pessoas sentaram-se reverentemente e ouviram a Palavra de Deus com o coração, por isso queriam ouvir a sua repetição.